sábado, 4 de setembro de 2010

A Morte Pede - Capítulo 4

Por Jack Fey


Perdão por ter "desaparecido" esta semana pessoal. Aconteceram várias coisas em minha vida, que não me adaptei normalmente à elas ainda. Mas ainda estarei aqui com vocês e trarei textos legais pra vocês que sempre acompanham o nosso blog. Por hora, trago o quaarto capítulo de "A Morte Pede".

Capítulo 4 - As Asas Quebradas De Um Anjo Sem Rumo


Pearl Estava sentado em cima dos para-peitos da ponte Crarity Heaven. Ele ainda tinha as roupas molhadas devido à chuva. O relógio da catedral St Michael, apontava as primeiras cinco horas de um dia nublado.
Não se enganem quanto a Pearl. Ele possuía uma aconchegante residência, uma mãe maravilhosa e um irmão que se preocupava com ele constantemente, mas era na solidão da madrugada que seu espírito vivia em paz.
Era um rapaz preocupado com suas obrigações, afazeres e futuro. Com suas amizades que sucumbiam sempre. Com sua vida instável, que o jogava contra a parede diversas vezes. Era uma pessoa sem muitas ambições, sem muitos "pedidos", sem muitas expectativas. Ele apenas queria sentir o gosto doce do amor.
Ele acreditava que o gosto era como o de Baunilha ou algo do tipo. Talvez seria um doce azedo, como uma torta de limão, ou ainda o sabor de um café após um cigarro. Ele mal sabia o que era o amor e já estava a imaginar qual era o sabor que o mesmo possuía.
Promessas são promessas, Elas são feitas para serem quebradas. Pearl também quebrara muitas. Suas asas estavam quebradas. a mulher que ele acreditara ser sua amada, já dizia: "Quero algo para mim, e não é você!". Coloquem-se no lugar do rapaz. O que você diria? O que faria? O que desejaria? Qual estrada tomaria? Qual cor, rumo, morte, senso, sentimento, ação escolheria?
Confuso, como um labirinto gótico. Deteriorado como uma múmia egípicia. Era um anjo. Um novo anjo que já possuía suas asas quebradas, machucadas. Ele não podia voar. Como um anjo que não voa, estava ele preso aqui, na terra dos homens. Era então, um anjo, mas um anjo caído.
Seu rumo não existia, bem como suas perspectivas, amores, sentimentos, amizades, pedidos, felicidades... Ele não poderia suportar a dor de ser um anjo caído. Ele escutava as palavras do amaldiçoado em sua mente. Ele não poderia ser um deles.
Pearl subiu no para-peito da ponte. Sentiu-se livre. Abriu seus braços e sentiu a brisa calma que anunciava uma tempestade tocar sua face. Sentiu o cheiro da chuva. Então pulou... Suas asas bateram algumas vezes, mas inevitavelmente, ele sucumbia à queda. Era o fim? O anjo despencou da ponte em direção ao rio Mirages. Crash!

Continua no próximo sábado.

Não leu os outros capítulos? Pois leia aqui!

Assim disse Jack Fey - O retorno...

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